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O tratamento do câncer de pele é predominantemente cirúrgico?
O câncer de pele é um dos tipos mais comuns de câncer, sendo causado principalmente pela exposição excessiva à radiação ultravioleta (UV) do sol.
Seu tratamento varia de acordo com o tipo, estágio e localização da lesão. Entre as opções disponíveis, o tratamento cirúrgico é, de fato, o mais utilizado, mas não é a única abordagem.
Carcinoma basocelular: O tipo mais comum
O câncer de pele do tipo carcinoma basocelular é um dos mais frequentes no Brasil devido a dois fatores principais: a localização geográfica do país, que favorece a alta incidência de radiação ultravioleta, e a cultura de praia, que incentiva atividades ao ar livre.
Além disso, muitos adultos entre 40 e 50 anos hoje fazem parte de uma geração que, na infância, foi amplamente exposta ao sol sem proteção adequada. O problema é que, a longo prazo, essa exposição excessiva à radiação UV causa mutações no DNA das células da pele, elevando o risco de desenvolvimento do câncer.
Por ser um tumor composto por células basais, localizadas na camada mais profunda da epiderme, esse tipo de câncer cresce de maneira lenta. Suas lesões podem se parecer com verrugas, sangrar devido a pequenos traumas do dia a dia e, por isso, exigem avaliação médica. As regiões mais afetadas são a cabeça e o pescoço.
Cirurgia: O padrão ouro no tratamento
A cirurgia é o tratamento primário para a maioria dos casos de câncer de pele, especialmente para os tipos mais comuns, como o carcinoma basocelular e o carcinoma espinocelular. O objetivo é remover completamente a lesão maligna, garantindo margens de segurança para reduzir o risco de recorrência. Alguns dos procedimentos cirúrgicos incluem:
- Excisão cirúrgica: remoção do tumor com uma margem de pele sadia ao redor.
- Cirurgia de Mohs: técnica que permite a remoção precisa do câncer, preservando ao máximo os tecidos saudáveis.
- Curetagem e eletrodissecação: usada para pequenos tumores superficiais, onde o tecido canceroso é raspado e tratado com corrente elétrica.
Alternativas não cirúrgicas
Embora a cirurgia seja a opção mais comum, outros tratamentos podem ser indicados, especialmente em casos onde a cirurgia não é viável:
- Radioterapia: utilizada para pacientes que não podem se submeter à cirurgia ou para tumores localizados em regiões delicadas.
- Terapia fotodinâmica: utiliza um agente fotossensibilizante e luz para destruir células cancerosas.
- Crioterapia: congela o tecido tumoral com nitrogênio líquido, indicado para lesões superficiais.
- Imunoterapia e Terapias Alvo: usadas para casos avançados de melanoma, estimulam o sistema imunológico ou bloqueiam vias específicas que favorecem o crescimento tumoral.
- Quimioterapia tópica: indicada para casos superficiais, com medicamentos como 5-fluorouracil (5-FU) e imiquimod.
Prevenção do câncer de pele
Para reduzir o risco de câncer de pele, é essencial evitar a exposição solar entre 10h e 16h, período em que a radiação ultravioleta é mais intensa. O uso de chapéus e óculos escuros pode auxiliar na proteção, mas a aplicação de filtro solar em quantidade adequada é a forma mais eficaz de prevenção.
Uma recomendação útil é a regra da colher de chá: aplique uma colher do protetor na região do rosto, pescoço e colo e duas colheres nos braços, pernas e costas. O produto deve ser aplicado cerca de 30 minutos antes da exposição ao sol para melhor absorção e reaplicado a cada duas ou três horas, ou sempre após contato com água ou suor.
O tratamento do câncer de pele é predominantemente cirúrgico, pois essa abordagem permite a remoção eficaz da lesão com menor risco de recorrência. No entanto, alternativas como radioterapia, terapia fotodinâmica e imunoterapia estão disponíveis para casos específicos. O diagnóstico precoce é essencial para garantir um tratamento eficaz e menos invasivo, reforçando a importância da prevenção e do acompanhamento dermatológico regular.
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