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Afinal, de onde vem o câncer?

7 de agosto de 2024

Vamos discutir a seguir a definição de câncer, saber a origem da palavra e como ele surge, tentando explicar com uma linguagem simples onde o principal objetivo é ter uma noção básica sobre esta doença muito prevalente e que acomete milhares de pessoas. Além disso, falaremos um pouco sobre seu diagnóstico e os tratamentos mais importantes.

1. O que é o câncer?


Câncer é o nome dado a uma transformação maligna de uma célula normal para uma célula com material genético modificado. O comportamento desordenado e anormal desta nova célula é o que confere a ela este nome.


O nome câncer tem origem grega, na palavra Karkinos que significa caranguejo. Segundo os relatos históricos, observadores gregos assemelharam o tumor com seus vasos sanguíneos exuberantes as patas de um caranguejo e passaram a chama-lo desta maneira. A mesma palavra foi traduzida do latim como câncer a qual utilizamos no dia de hoje.


Nossas células estão em constante reprodução, desde o nosso nascimento até nossa morte. Nosso material genético se replica, principalmente, para renovar nossas células e manter o funcionamento do nosso corpo. Em algumas fases desta replicação pode ocorrer o que chamamos de “erro genético”, tecnicamente chamado de mutação.


Quanto mais nossas células se replicam, maior a chance de ter uma mutação. Por este motivo pessoas idosas têm maior propensão ao câncer, uma vez que seu material genético já foi replicado muitas vezes se comparado as pessoas mais novas.

Este erro pode ser reparado por meio de mecanismos de defesa internos, entretanto, quando temos alguma deficiência de defesa ou quando não conseguimos alterar este erro, pode se desenvolver uma “célula maligna” que seria basicamente esta nova célula carregando uma alteração genética. Podemos dizer que esta é a origem do câncer. 


A partir da mutação a célula perde a sua “harmonia”. Ela começa a se replicar infinitamente e crescer desgovernadamente no local onde nasceu, podendo invadir outras células normais que estão próximas e também se espalhar para outros órgãos. 

A célula cancerosa tem um comportamento totalmente diferente das nossas células normais, ela demanda mais energia e se replica muito mais rápido. Assim, com o crescimento destas células no local onde tudo começou, forma-se o que chamamos de tumor maligno.


A célula cancerosa se multiplica infinitamente e de uma maneira muito mais rápida que nossas células normais. Múltiplas células malignas são formadas e isso demanda muita energia e nutrientes do nosso corpo. Por isso é muito comum pessoas com câncer emagrecerem rapidamente. O crescimento desgovernado faz com que as células praticamente dominem nosso corpo, elas se espalham e crescem em outros locais levando o indivíduo aos mais diversos sintomas possíveis.


Nossa maior missão sempre é tentar vencer essa guerra contra as células malignas, e várias coisas vão influenciar o tratamento da doença, principalmente o seu estadiamento. Quanto mais inicial for descoberto maiores as nossas chances. Portanto é muito importante sempre procurarmos um médico quando algum sintoma ou sinal diferente é percebido. Assim como também devemos realizar as medidas de prevenção para diminuir as chances de termos um câncer no futuro.


2. O câncer só ocorre em pessoas idosas?


Praticamente 80% dos casos de câncer acontecem de maneira esporádica, isso quer dizer que ocorreu uma mutação genética na célula devido a um erro que não foi reparado e ela se tornou maligna, dando origem a um câncer. Este tipo de ocorrência esporádica é mais comum na medida que as pessoas envelhecem.


Em cerca de 20% dos casos, a origem do câncer pode ter algum gene herdado de família que causará uma predisposição a desenvolver células malignas. Nestes casos podemos chamar de câncer hereditário e geralmente ocorrem em idade mais nova. Por exemplo, a mutação do gene p53 fazendo com que ele não atue é um fator de risco para desenvolver vários tipos de câncer. Pessoas que possuem esta alteração genética podem ter herdado de outros familiares de primeiro grau e também podem transmitir este mesmo material genético aos seus filhos. Portadores de mutação do gene p53 possuem uma síndrome chamada Li Fraumeni que está relacionada ao desenvolvimento de câncer em idade adulto-jovem.


O gene p53 é uma das nossas armas genéticas que nos protege de mutações. Ele é chamado de gene supressor tumoral, ou seja, ele é responsável por identificar células que sofreram mutações durante sua replicação e reparar este erro, levando aquela célula a morte e evitando o seu desenvolvimento. Logo, quando temos a inativação deste gene existirá uma chance maior de que mutações não sejam reparadas e surjam assim células malignas que se tornaram um câncer.


3. Por que ocorre uma mutação?


Nossas células possuem um tempo de vida programado e de tempos em tempos, a depender do tipo celular, e a partir do seu material genético, elas criam novas réplicas para continuar o funcionamento do nosso corpo. Este processo chamamos de replicação celular e ele acontece principalmente a partir do nosso material genético. Nosso gene tem a capacidade de criar cópias através do DNA celular. Este processo acontece a todo momento e durante toda nossa vida.


A replicação genética pode sofrer alterações, mudando a sua essência e se tornando diferente da célula normal. A essas alterações damos o nome de mutação, as quais muitas vezes vão culminar no desenvolvimento de uma célula maligna. Entretanto, nem sempre que ocorrer um erro genético esta célula vai virar um câncer. Nosso corpo tem muitas formas de combater esses erros, são os chamados genes de reparo, os quais identificam o erro e induzem esta célula a morte. Um exemplo de gene de reparo é o gene p53 o qual descrevemos acima.


Mesmo com nossos genes de reparo, podemos ter “falhas” tanto por déficit de genes de reparo, quanto por aumento de mutações o suficiente para que alguma não consiga ser “eliminada” e se desenvolva, o que pode levar ao desenvolvimento do câncer.


Sabemos que a exposição a fatores de risco pode aumentar as mutações. Por exemplo, o cigarro contém milhares de substâncias que são cancerígenas. A exposição a radiação é fator de risco para mutações. Infecções bacterianas e virais como o H pylori e vírus HPV também são fatores de risco para desenvolver o câncer.


Portanto, devemos diminuir a exposição aos fatores de risco conhecidos para diminuir a chance de desenvolver um câncer no futuro.


4. O câncer em números


O câncer é uma doença global, incidente em todos os povos no mundo. Mas existem particularidades de cada continente e peculiaridades inclusive quando separamos por região. Por exemplo, no Japão o câncer gástrico é muito mais prevalente do que nos países do ocidente. Outro exemplo que podemos citar é que na região Norte e Nordeste do Brasil o câncer do colo do útero é muito mais prevalente que nas outras regiões.


Segundo o INCA (Instituto nacional do câncer) existe uma estimativa de que no Brasil são esperados cerca de 704 mil casos novos de câncer por ano, no triênio 2023 a 2025.


Estima-se que a cada 5 pessoas, uma pode ter câncer durante a vida. Assim, é alta a possibilidade de termos que encarar esta doença em algum momento da vida, portanto sempre devemos criar medidas para prevenção e diagnostico precoce, o que reduz a mortalidade da doença e atinge um maior número de cura.


No Brasil o câncer mais comum é o de pele não melanoma com cerca de 31,3% dos casos (cerca de 220 mil casos por ano), representando quase um terço dos casos. Devido a esta alta prevalência, é comum desconsiderarmos seus números quando fazemos as estatísticas dos demais tipos de câncer.



Veja abaixo os tipos de câncer mais frequentes esperados para 2023 no Brasil, separados por sexo, excluindo o câncer de pele não melanoma:


Fonte: INCA https://www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/cancer/numeros/estimativa/estado-capital/brasil



5. Todo câncer é igual?


Cada tipo de câncer possui suas próprias características, e o seu comportamento vai depender de como ele se expressa. Algumas destas características são:


  • origem da célula, se veio de uma glândula, de uma camada muscular ou da camada mais interna (aqui é onde dizemos o nome e o sobrenome do câncer: adenocarcinoma gástrico – “adeno” remete a glândula; carcinoma significa célula maligna; gástrico refere a origem da glândula no estômago – logo este seria o nome de um câncer de estômago que surgiu de uma célula glandular).
  • velocidade de replicação das células malignas, quanto maior a velocidade, mais agressividade porque significa que cresce muito rápido.
  • o quanto as células se parecem ou não com o tecido normal (grau de diferenciação). Existem três tipos: bem diferenciado (conseguimos diferenciar bem as células de câncer das normais); pouco diferenciado (ainda conseguimos ver a divisão das células normais para as cancerosas, mas menos); indiferenciado (as células normais estão misturadas as células defeituosas e não existe uma arquitetura celular que possa distinguir umas das outros – geralmente são mais agressivos no comportamento)
  • se invadiu um vaso sanguíneo ou um nervo, esta invasão diz respeito ao risco de alguma célula cair no vaso sanguíneo e ir para outros lugares. Este mesmo comportamento também ocorre na invasão de nervos.


Portanto, devido as muitas características que cada tipo de câncer possui dizemos que nem sempre o seu comportamento será o mesmo comparado a outras pessoas. Podemos dizer que cada câncer é único. Apesar da sua história natural ser: crescer no local onde começou, invadir as estruturas vizinhas e se espalhar, esse comportamento depende de muitas características as quais comentamos acima. Cada caso tem que ser avaliado individualmente para projetarmos um tratamento individualizado e também conversar sobre o que podemos esperar (prognóstico) e riscos da doença.


6. Diagnóstico, como fazer?


A história clínica de como iniciou os sintomas e o que o paciente está sentindo é muito importante para desconfiar que podemos estar diante de um câncer. Os sintomas vão depender muito da localização da lesão e também de qual estágio está a doença. Um médico experiente e treinado pode muitas vezes facilmente desconfiar da existência de uma lesão maligna e solicitar alguns exames direcionados para confirmar esta hipótese.


Segue abaixo alguns dos principais sinais e sintomas de alerta para pensarmos que podemos estar diante de um câncer:


  • Anemia;
  • Perda de peso não intencional;
  • Dificuldade para se alimentar, vômitos recorrentes;
  • Aparecimento de um tumor ou massa palpável;
  • Sangramentos: digestivo (em vômitos ou nas evacuações), vaginal em menopausa e ao tossir (se sintomas respiratórios persistentes);
  • Mudança do hábito intestinal;
  • Lesão ou ferida da pele e boca presente há mais de 4 semanas, ou que está crescendo;
  • Nódulos (ínguas) no pescoço, axilas, virilhas que apareceram há mais de 2 semanas;


Após a suspeita, devemos solicitar alguns exames de imagem que podem nos dar mais informações sobre a localização e também detalhes de até onde vai a doença (o que tecnicamente chamamos de estadiamento clínico). Alguns exames que podem ser solicitados e que são mais comuns seriam:


  • Tomografia computadorizada
  • Ressonância magnética
  • PET scan
  • Marcadores tumorais nos exames de sangue
  • colonoscopia ou endoscopia (se suspeita de câncer gastrointestinal)


Além disso, um dos principais exames que podemos pedir já nesta fase ou na fase seguinte é a biópsia da lesão. Sem uma biópsia não podemos afirmar com 100% de certeza que é uma lesão maligna. Na maioria das vezes ela será necessária para indicar algum tratamento. Porém também existem exceções, como ocorre em alguns casos de câncer de pâncreas onde as vezes é difícil de realizar biópsias; ou até mesmo em lesões de pele que são suspeitas e que em vez de realizar biopsia partimos para a sua retirada com margens de segurança.


7. Quais são os tratamentos?


Basicamente existem 3 formas tradicionais de se tratar um câncer: cirurgia, quimioterapia e radioterapia. Dentro da quimioterapia podemos desmembrar em outros tratamentos que são:


  • quimioterapia com medicações endovenosas
  • terapia alvo (que age mais especificamente em células cancerosas e poupa células normais)
  • imunoterapia (medicações que agem na nossa imunidade para combater as células cancerosas)
  • Bloqueadores hormonais (usados em câncer estimulados por hormônios, por exemplo: câncer de mama)


A cirurgia é um dos pilares do tratamento e praticamente 80% dos pacientes oncológicos vão necessitar de algum tratamento cirúrgico em algum momento. O cirurgião oncológico é um dos médicos que cuida de pacientes com câncer e tem papel fundamental na cirurgia quando ela é indicada. Ele também é capaz de conduzir a investigação inicial e direcionar o paciente para o melhor tratamento. Sempre procure um médico que tenha formação e experiência para conduzir o seu caso

Dr Hugo Habdala Hammoud é cirurgião oncológico, atende em Campinas e no Vale do Paraíba, nas cidades de São José dos Campos e Taubaté, e realiza também consultas online. 


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Referências:

http://www.inca.gov.br


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Por Hugo Hammoud 8 de outubro de 2025
O câncer de pele é um dos tipos mais comuns de câncer, sendo causado principalmente pela exposição excessiva à radiação ultravioleta (UV) do sol. Seu tratamento varia de acordo com o tipo, estágio e localização da lesão. Entre as opções disponíveis, o tratamento cirúrgico é, de fato, o mais utilizado, mas não é a única abordagem. Carcinoma basocelular: O tipo mais comum O câncer de pele do tipo carcinoma basocelular é um dos mais frequentes no Brasil devido a dois fatores principais: a localização geográfica do país, que favorece a alta incidência de radiação ultravioleta, e a cultura de praia, que incentiva atividades ao ar livre. Além disso, muitos adultos entre 40 e 50 anos hoje fazem parte de uma geração que, na infância, foi amplamente exposta ao sol sem proteção adequada. O problema é que, a longo prazo, essa exposição excessiva à radiação UV causa mutações no DNA das células da pele, elevando o risco de desenvolvimento do câncer. Por ser um tumor composto por células basais, localizadas na camada mais profunda da epiderme, esse tipo de câncer cresce de maneira lenta. Suas lesões podem se parecer com verrugas, sangrar devido a pequenos traumas do dia a dia e, por isso, exigem avaliação médica. As regiões mais afetadas são a cabeça e o pescoço. Cirurgia: O padrão ouro no tratamento A cirurgia é o tratamento primário para a maioria dos casos de câncer de pele, especialmente para os tipos mais comuns, como o carcinoma basocelular e o carcinoma espinocelular. O objetivo é remover completamente a lesão maligna, garantindo margens de segurança para reduzir o risco de recorrência. Alguns dos procedimentos cirúrgicos incluem: Excisão cirúrgica : remoção do tumor com uma margem de pele sadia ao redor. Cirurgia de Mohs : técnica que permite a remoção precisa do câncer, preservando ao máximo os tecidos saudáveis. Curetagem e eletrodissecação : usada para pequenos tumores superficiais, onde o tecido canceroso é raspado e tratado com corrente elétrica. Alternativas não cirúrgicas Embora a cirurgia seja a opção mais comum, outros tratamentos podem ser indicados, especialmente em casos onde a cirurgia não é viável: Radioterapia : utilizada para pacientes que não podem se submeter à cirurgia ou para tumores localizados em regiões delicadas. Terapia fotodinâmica : utiliza um agente fotossensibilizante e luz para destruir células cancerosas. Crioterapia : congela o tecido tumoral com nitrogênio líquido, indicado para lesões superficiais. Imunoterapia e Terapias Alvo : usadas para casos avançados de melanoma, estimulam o sistema imunológico ou bloqueiam vias específicas que favorecem o crescimento tumoral. Quimioterapia tópica : indicada para casos superficiais, com medicamentos como 5-fluorouracil (5-FU) e imiquimod. Prevenção do câncer de pele Para reduzir o risco de câncer de pele, é essencial evitar a exposição solar entre 10h e 16h, período em que a radiação ultravioleta é mais intensa. O uso de chapéus e óculos escuros pode auxiliar na proteção, mas a aplicação de filtro solar em quantidade adequada é a forma mais eficaz de prevenção. Uma recomendação útil é a regra da colher de chá: aplique uma colher do protetor na região do rosto, pescoço e colo e duas colheres nos braços, pernas e costas. O produto deve ser aplicado cerca de 30 minutos antes da exposição ao sol para melhor absorção e reaplicado a cada duas ou três horas, ou sempre após contato com água ou suor. O tratamento do câncer de pele é predominantemente cirúrgico, pois essa abordagem permite a remoção eficaz da lesão com menor risco de recorrência. No entanto, alternativas como radioterapia, terapia fotodinâmica e imunoterapia estão disponíveis para casos específicos. O diagnóstico precoce é essencial para garantir um tratamento eficaz e menos invasivo, reforçando a importância da prevenção e do acompanhamento dermatológico regular. Caso queira saber mais sobre como adquirir hábitos saudáveis é importante para o tratamento de câncer, agende uma consulta com o Dr. Hugo Hammoud . Whatsapp: (12) 99711-2332.
20 de março de 2025
O câncer de pele é um dos tipos mais comuns de câncer, sendo causado principalmente pela exposição excessiva à radiação ultravioleta (UV) do sol. Seu tratamento varia de acordo com o tipo, estágio e localização da lesão. Entre as opções disponíveis, o tratamento cirúrgico é, de fato, o mais utilizado, mas não é a única abordagem. Carcinoma basocelular: O tipo mais comum O câncer de pele do tipo carcinoma basocelular é um dos mais frequentes no Brasil devido a dois fatores principais: a localização geográfica do país, que favorece a alta incidência de radiação ultravioleta, e a cultura de praia, que incentiva atividades ao ar livre. Além disso, muitos adultos entre 40 e 50 anos hoje fazem parte de uma geração que, na infância, foi amplamente exposta ao sol sem proteção adequada. O problema é que, a longo prazo, essa exposição excessiva à radiação UV causa mutações no DNA das células da pele, elevando o risco de desenvolvimento do câncer. Por ser um tumor composto por células basais, localizadas na camada mais profunda da epiderme, esse tipo de câncer cresce de maneira lenta. Suas lesões podem se parecer com verrugas, sangrar devido a pequenos traumas do dia a dia e, por isso, exigem avaliação médica. As regiões mais afetadas são a cabeça e o pescoço. Cirurgia: O padrão ouro no tratamento A cirurgia é o tratamento primário para a maioria dos casos de câncer de pele, especialmente para os tipos mais comuns, como o carcinoma basocelular e o carcinoma espinocelular. O objetivo é remover completamente a lesão maligna, garantindo margens de segurança para reduzir o risco de recorrência. Alguns dos procedimentos cirúrgicos incluem: Excisão cirúrgica : remoção do tumor com uma margem de pele sadia ao redor. Cirurgia de Mohs : técnica que permite a remoção precisa do câncer, preservando ao máximo os tecidos saudáveis. Curetagem e eletrodissecação : usada para pequenos tumores superficiais, onde o tecido canceroso é raspado e tratado com corrente elétrica. Alternativas não cirúrgicas Embora a cirurgia seja a opção mais comum, outros tratamentos podem ser indicados, especialmente em casos onde a cirurgia não é viável: Radioterapia : utilizada para pacientes que não podem se submeter à cirurgia ou para tumores localizados em regiões delicadas. Terapia fotodinâmica : utiliza um agente fotossensibilizante e luz para destruir células cancerosas. Crioterapia : congela o tecido tumoral com nitrogênio líquido, indicado para lesões superficiais. Imunoterapia e Terapias Alvo : usadas para casos avançados de melanoma, estimulam o sistema imunológico ou bloqueiam vias específicas que favorecem o crescimento tumoral. Quimioterapia tópica : indicada para casos superficiais, com medicamentos como 5-fluorouracil (5-FU) e imiquimod. Prevenção do câncer de pele Para reduzir o risco de câncer de pele, é essencial evitar a exposição solar entre 10h e 16h, período em que a radiação ultravioleta é mais intensa. O uso de chapéus e óculos escuros pode auxiliar na proteção, mas a aplicação de filtro solar em quantidade adequada é a forma mais eficaz de prevenção. Uma recomendação útil é a regra da colher de chá: aplique uma colher do protetor na região do rosto, pescoço e colo e duas colheres nos braços, pernas e costas. O produto deve ser aplicado cerca de 30 minutos antes da exposição ao sol para melhor absorção e reaplicado a cada duas ou três horas, ou sempre após contato com água ou suor. O tratamento do câncer de pele é predominantemente cirúrgico, pois essa abordagem permite a remoção eficaz da lesão com menor risco de recorrência. No entanto, alternativas como radioterapia, terapia fotodinâmica e imunoterapia estão disponíveis para casos específicos. O diagnóstico precoce é essencial para garantir um tratamento eficaz e menos invasivo, reforçando a importância da prevenção e do acompanhamento dermatológico regular. Caso queira saber mais sobre como adquirir hábitos saudáveis é importante para o tratamento de câncer, agende uma consulta com o Dr. Hugo Hammoud . Whatsapp: (12) 99711-2332.
17 de março de 2025
O câncer no intestino é um tumor maligno que se desenvolve, principalmente, no intestino grosso, incluindo o cólon, reto e ânus. Esse tipo de câncer pode gerar sintomas como diarreia frequente, presença de sangue nas fezes (resultando em anemia) e dor abdominal. Embora menos comum, também pode ocorrer no intestino delgado. A incidência do câncer de intestino é maior em pessoas com mais de 45 anos e pode ter início a partir da evolução de pólipos intestinais. Os pólipos são agrupamentos de células na parede intestinal que, se não removidos, podem se transformar em lesões malignas. Portanto, ao perceber sintomas sugestivos do câncer de intestino, é fundamental procurar um proctologista ou gastroenterologista. Esse profissional realizará exames, como a colonoscopia, para identificar o tipo de tumor e iniciar o tratamento adequado. Sintomas mais comuns de câncer no intestino Sangue nas fezes Dor abdominal Diarreia ou prisão de ventre Sensação de peso ou dor na região anal Cansaço frequente Anemia Perda de peso sem explicação Esses sintomas tendem a se intensificar à medida que o câncer se desenvolve, sendo mais comuns em pessoas com histórico familiar de câncer intestinal ou doenças inflamatórias intestinais crônicas, como a doença de Crohn ou a retocolite ulcerativa. Por isso, é importante buscar orientação médica quando os sintomas persistem por mais de um mês, principalmente se houver histórico de câncer na família ou fatores de risco, como alimentação inadequada e obesidade. Como confirmar o diagnóstico O diagnóstico do câncer de intestino é realizado por meio de exames clínicos, como análise de sangue oculto nas fezes, colonoscopia com biópsia e exames de imagem, como tomografia computadorizada. Em alguns casos, o médico pode pedir ajustes na dieta e no estilo de vida para descartar causas menos graves, como intolerâncias alimentares ou síndrome do intestino irritável. A colonoscopia é uma ferramenta importante na prevenção do câncer de intestino, sendo recomendada a partir dos 45 anos para a população em geral e a partir dos 40 anos para aqueles com histórico familiar de câncer intestinal. Tipos de câncer de intestino O câncer de intestino pode ser classificado de acordo com sua origem. Os principais tipos incluem: Adenocarcinoma : O mais comum, originado das células de revestimento do intestino que produzem muco. Tumor carcinoide : Origina-se nas células produtoras de hormônios, podendo se desenvolver lentamente. Tumor estromal gastrointestinal (GIST) : Originado nas células intersticiais que revestem a parede intestinal, mais raro no cólon. Tumor de células escamosas : Menos comum, afeta as células escamosas do revestimento intestinal, principalmente no cólon retossigmóide. Linfoma : Tumor que afeta os linfonodos intestinais, podendo atingir o intestino delgado, cólon ou reto. Sarcoma ou leiomiossarcoma : Afeta vasos sanguíneos, músculos ou as paredes intestinais, podendo ocorrer no reto, cólon e intestino delgado. Esses tumores podem afetar principalmente o cólon e o reto, formando o câncer colorretal. O câncer no intestino delgado, mais raro, pode surgir em qualquer parte do intestino, como o duodeno, jejuno ou íleo. Além disso, o câncer intestinal pode ser resultado de metástase, ou seja, disseminação de cânceres originados em outros órgãos, como o melanoma. Possíveis causas Embora a causa exata do câncer de intestino não seja completamente clara, sabe-se que ele ocorre devido a mutações nas células intestinais, que se multiplicam descontroladamente. Alguns fatores de risco conhecidos incluem: Idade avançada, com maior incidência após os 45 anos Histórico pessoal de câncer de intestino ou pólipos intestinais Histórico familiar de câncer no intestino, síndrome de Lynch ou polipose adenomatosa familiar (PAF) Doenças inflamatórias intestinais, como retocolite ulcerativa e doença de Crohn Alimentação rica em gordura, carne vermelha, alimentos processados e pobre em fibras Além disso, pessoas com sobrepeso, sedentarismo e hábitos alimentares inadequados têm um risco maior de desenvolver câncer intestinal. Tratamento do câncer de intestino O tratamento para o câncer de intestino é personalizado de acordo com o tipo de tumor, estágio da doença e características individuais do paciente. Em geral, a abordagem envolve a remoção cirúrgica do segmento intestinal afetado, com margens de tecido saudável ao redor do tumor. Após a cirurgia, pode ser recomendada quimioterapia e/ou radioterapia para garantir a eliminação das células malignas remanescentes. Em alguns casos, a quimioterapia ou radioterapia pode ser realizada antes da cirurgia, com o objetivo de reduzir o tamanho do tumor, facilitando a remoção. É fundamental que o tratamento seja realizado sob a supervisão de um gastroenterologista ou proctologista, que irá ajustar a abordagem terapêutica conforme as necessidades do paciente. Caso queira saber mais sobre como adquirir hábitos saudáveis é importante para o tratamento de câncer, agende uma consulta com o Dr. Hugo Hammoud . Whatsapp: (12) 99711-2332.
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