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Câncer de pele: o que você precisa saber

7 de agosto de 2024

Você sabia que o câncer de pele é o tipo de câncer que mais ocorre na população brasileira? Segundo dados do INCA (Instituto Nacional do Câncer) cerca de 31,3% de todos os cânceres que ocorrem no Brasil são os chamados câncer de pele não melanoma. Mas afinal, o que significa isso?


O câncer de pele pode ser divido em dois grupos: o grupo do câncer melanoma e câncer não melanoma. Essa divisão acontece pois o comportamento, a incidência, história natural da doença e o tratamento são diferentes, apesar de todos serem originados do mesmo órgão.


Os tipos de câncer de pele não melanoma têm seu nome de acordo com a sua origem celular nas camadas da pele, e os principais representantes são:


  • Carcinoma espinocelular ou carcinoma epidermoide
  • Carcinoma basocelular
  • Carcinoma de células de Merkel


Aspectos básicos da nossa pele:


A pele é o maior órgão do corpo humano, ela tem função de nos proteger do meio ambiente e de micro-organismos, servindo como uma barreira natural. Além disso, ela tem capacidade de controlar a temperatura do nosso corpo e nos proteger contra a perda de água para o meio externo. Também possui células especializadas e neurônios que nos permitem interagir com o meio ambiente, por meio das sensações de frio, calor, tato e sensibilidade.


A pele pode ser dividida em 3 camadas: epiderme, derme e tecido subcutâneo (hipoderme). Veja abaixo essas camadas (figura 1):

Figura 1: principais camadas da pele


A epiderme é a camada mais superficial e possui as células onde podem se desenvolver os principais tipos de câncer de pele. Ela pode ser dividida em 5 outras camadas, também chamadas estratos, conforme podemos ver na Figura 2, abaixo:



Figura 2: estratos da epiderme e células presente em cada uma delas. Em vermelho estão as principais células de origem de alguns cânceres de pele.


O carcinoma espinocelular ou epidermoide tem esse nome pois sua origem vem das células do estrato espinhoso. Da mesma forma, o carcinoma de células basais e o carcinoma de células de Merkel são originados da camada basal e da célula de Merkel, respectivamente. Já o melanoma é originado do melanócito, também presente na epiderme, mas falaremos sobre o melanoma em outro artigo.


Principais fatores de risco para câncer de pele


Radiação solar

O principal fator de risco para desenvolver câncer de pele é a exposição contínua e acumulativa a radiação solar. Esta radiação pode danificar o DNA das células e causar mutações que culminarão em um câncer de pele.


Existem vários tipos de radiação emitidas pelo sol:


  • Radiação ultravioleta (UV) que pode ser dividida em UVA, UVB e UVC
  • Luz visível (com destaque para luz azul)
  • Luz infravermelha


Os principais vilões no câncer de pele são os raios UVA, UVB e a luz visível azul, que podem causar danos a nossa pele. UVA e UVB são mais conhecidos e difundidos, porém a luz visível azul frequentemente é ignorada. Ela também é emitida por aparelhos eletrônicos, como celulares e computadores, porém estudos mostram que a quantidade de radiação emitida é muito menor que a radiação emitida pelo sol e não é prejudicial à saúde. De qualquer forma é importante se atentar principalmente a protetores solares que possuem também proteção para luz visível azul e não apenas a UVA e UVB. Já a luz infravermelha não causa danos a pele.


A camada de ozônio tem um papel fundamental em filtrar grande parte da radiação solar. Por exemplo, os raios UVC são extremamente nocivos a pele, mas a camada de ozônio consegue filtrar 100% desta radiação, portanto não estamos expostos a ele. Veja a Figura 3, a seguir, para entender melhor sobre:


Figura 3 (fonte: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7180973/):


A radiação emitida pelo sol possui níveis de energia, sendo maior na radiação UV e menor na radiação infravermelha, conforme pode ser observado na parte superior da figura. Além disso, cada radiação possui um comprimento de onda, sendo isto determinante na profundidade de agressão a nossa pele. Vemos que os raios UVC são totalmente filtrados na camada de ozônio e 0% está presente na superfície da terra. Quanto aos raios UVB, 10% estão na superfície da terra e devido sua alta energia causam danos a pele na camada mais superficial da epiderme, podendo gerar queimaduras importantes. Os raios UVA e a luz visível azul podem atingir camadas mais internas da epiderme e causar mais danos a nível do DNA celular.


Fototipo


Você já se perguntou porque temos uma variedade de cor da pele, olhos e cabelo? Isso ocorre devido a produção de melanina pelos nossos melanócitos estimulados pela luz solar. Essa produção, além de dar cor a nossa pele, olhos e cabelos, também nos protege contra a radiação solar, e diminui os danos do DNA das células que estão se replicando. Desta forma é muito mais comum vermos o câncer de pele em pessoas claras, que produzem pouca melanina e consequentemente estão mais desprotegidas.


O doutor Fitzpatrick, foi um médico norte-americano que em 1976 criou a classificação de fototipos, baseados na cor da pele, olhos e cabelos e na reação da pele após exposição solar. Através desta classificação conseguimos determinar as pessoas que estão mais ou menos expostas a radiação solar. Veja na Figura 4, abaixo:


Figura 4: classificação de Fitzpatrick


Em resumo, quanto menor o fototipo, maior o risco de danos da radiação solar a pele e maior o risco de desenvolver câncer de pele durante a vida.

Figura 5: aumento do risco de câncer de acordo com a cor da pele / fototipo


Então pessoas com a pele mais escura não precisam passar protetor solar? Apesar de menores chances de câncer de pele nas pessoas fototipo VI e V, também é recomendado o uso de protetor solar, com FPS de pelo menos 20.


Outros fatores de risco:


  • Doenças genéticas como o xeroderma pigmentoso e síndrome de Gorlin-Goltz (ou síndrome do nevo basocelular).
  • Histórico familiar de câncer de pele
  • Imunodeprimidos (portadores do vírus HIV sem tratamento, doenças linfo proliferativas, transplantados ou usuários de medicações para doenças autoimunes)
  • Áreas de cicatrizes prévias na pele
  • Profissões com exposição contínua ao sol ao longo da vida
  • Exposição a câmeras de bronzeamento artificial


Sinais e sintomas do câncer de pele



É comum que, com a idade, nossa pele apresente marcas da exposição solar. A idade em que essas marcas aparecem depende da quantidade de radiação solar acumulada durante a vida. Estas marcas podem ser manchas marrons, negras ou casquinhas que chamamos de ceratose actínia, como demonstrado na Figura 6. Pessoas com essas características indicam uma pele com alto risco de desenvolver câncer de pele.


Figura 6: mostra a pele da mão com áreas de ceratose actínica (alterações tardias da exposição à radiação solar). Lesões de ceratose actínica podem se desenvolver e virar um câncer de pele.


Neste momento, já é aconselhável fazer acompanhamento com algum médico que possa examinar com uma certa frequência e realizar tratamentos se necessário.


É muito importante sempre fazer o autoexame e olhar toda a pele. Na região das costas pode ser necessário pedir para alguma pessoa próxima sempre estar acompanhando. Fique atento a estes sinais:


  • Feridas que não cicatrizam
  • Feridas que sangram
  • Manchas que cresceram e mudaram de cor
  • Manchas violáceas, róseas e que se elevam na pele
  • Feridas que surgiram em um local que existia uma cicatriz prévia



Veja abaixo exemplos de cada tipo de câncer de pele não melanoma:


Figura 6: lesão rósea, elevada nas bordas e depressiva no centro, com formação de pequenos vasos sanguíneos, sugerindo um carcinoma basocelular.

Figura 7: lesão com aspecto de ferida, bordas elevadas e ulceração no centro que pode sangrar ao toque, sugerindo um carcinoma espinocelular.

Figura 8: lesão de aspecto violáceo e avermelhada, nodular, com aspecto inflamatório da pele, sugerindo um carcinoma de células de Merkel.



Tratamento do câncer de pele


O principal tratamento e com melhores resultados é a cirurgia, e sempre que possível deve ser considerada como a primeira escolha.

A cirurgia quando atinge o objetivo de retirar toda lesão com margens de segurança, possui uma chance de cura de mais de 90%. Tal resultado acontece quando a análise da peça cirúrgica contém margens laterais e profunda livres, ou seja, sem células de câncer, sugerindo que a lesão foi completamente retirada.


Nestes casos a cirurgia é, muitas vezes, o único tratamento necessário. Existem outros tratamentos alternativos com medicações locais e radioterapia que podem tratar algumas lesões, mas com alto risco de recidiva local (voltar no mesmo lugar depois de algum tempo).


A cirurgia deve ser realizada por um profissional com experiência, pois além de retirar o câncer com segurança, muitas vezes é necessário realizar retalhos de pele no local para fechar a área em que se retirou a lesão, como mostrado na Figura 9. O cirurgião oncológico é um destes especialistas com formação adequada para realizar este tipo de cirurgia.



Figura 9: exemplo de cirurgia para câncer de pele localizado na ponta nasal, em que foi necessário realizar a técnica cirúrgica com retalho de pele.
Fonte: livro “Local flaps in head and neck reconstruction – secund edition”




Prognóstico do câncer de pele


Quando falamos de prognóstico, significa basicamente as chances que temos de tratar com sucesso o câncer de pele. De uma forma mais simples: qual a chance do tratamento dar certo?


O câncer de pele não melanoma, de modo geral, tem um bom prognóstico. A grande maioria das lesões tratadas são descobertas em fase inicial e, portanto, são submetidas a cirurgia e ficam livres da doença.


Quando analisamos cada tipo de câncer de pele, vemos que o carcinoma basocelular é o tipo com melhor prognóstico, pois ele se desenvolve muito lentamente e não tem o costume de dar metástases para outros lugares. Sua principal característica é voltar no mesmo lugar (alta taxa de recidiva local), e isso acontece principalmente quando não conseguimos retirar a lesão com margens de segurança.


O carcinoma espinocelular também é, na maioria das vezes, descoberto em fases iniciais, entretanto ele pode evoluir em alguns casos para metástases, principalmente em lesões grandes e que demoraram para ser descobertas.


Por outro lado, o carcinoma de Merkel é muito mais agressivo e com prognóstico pior que os outros. Frequentemente podemos encontrar metástase no diagnóstico e seu tratamento deve ser realizado com maior urgência que nos outros casos.


Prevenção do câncer de pele


Quando falamos de câncer de pele, a principal prevenção é em relação aos cuidados com a radiação solar. Como vimos, pessoas com fototipo I, II e III tem maiores riscos de danos na pele consequentes a exposição solar.


Portanto é primordial o uso de protetor solar nesta população. É recomendado o uso de protetores com FPS (fator de proteção solar) de pelo menos 30 e reaplicações a cada 2 horas, principalmente quando a exposição solar é contínua ou em contato com a água.

Roupas com proteção UV podem ajudar a diminuir a absorção da radiação na pele. A exposição solar é menos danosa quando realizada antes das 10h da manhã e após as 16h da tarde, quando a emissão de radiação solar é menor.


Além disso, é muito importante o autoexame da pele e consultas de rotinas com um médico especialista, como um cirurgião oncológico, para avaliar lesões da pele suspeitas e retirá-las se necessário.


Sempre que tiver dúvidas procure um médico. Doutor Hugo é cirurgião oncológico, atende pacientes com câncer de pele e faz prevenção e tratamento cirúrgico quando necessário.


Fique atento as recomendações. Se gostou deste artigo compartilhe com amigos, familiares e pessoas que podem se interessar sobre este assunto.


Para saber mais sobre câncer, continue lendo nossos outros artigos.


Referências:

https://www.atlasdermatologico.com.br/index.jsf

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7180973/

https://www.nccn.org/patients/guidelines/content/PDF/squamous_cell-patient.pdf

https://www.nccn.org/patients/guidelines/content/PDF/basal-cell-patient-guideline.pdf


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20 de março de 2025
O câncer no intestino é um tumor maligno que se desenvolve, principalmente, no intestino grosso, incluindo o cólon, reto e ânus. Esse tipo de câncer pode gerar sintomas como diarreia frequente, presença de sangue nas fezes (resultando em anemia) e dor abdominal. Embora menos comum, também pode ocorrer no intestino delgado. A incidência do câncer de intestino é maior em pessoas com mais de 45 anos e pode ter início a partir da evolução de pólipos intestinais. Os pólipos são agrupamentos de células na parede intestinal que, se não removidos, podem se transformar em lesões malignas. Portanto, ao perceber sintomas sugestivos do câncer de intestino, é fundamental procurar um proctologista ou gastroenterologista. Esse profissional realizará exames, como a colonoscopia, para identificar o tipo de tumor e iniciar o tratamento adequado. Sintomas mais comuns de câncer no intestino Sangue nas fezes Dor abdominal Diarreia ou prisão de ventre Sensação de peso ou dor na região anal Cansaço frequente Anemia Perda de peso sem explicação Esses sintomas tendem a se intensificar à medida que o câncer se desenvolve, sendo mais comuns em pessoas com histórico familiar de câncer intestinal ou doenças inflamatórias intestinais crônicas, como a doença de Crohn ou a retocolite ulcerativa. Por isso, é importante buscar orientação médica quando os sintomas persistem por mais de um mês, principalmente se houver histórico de câncer na família ou fatores de risco, como alimentação inadequada e obesidade. Como confirmar o diagnóstico O diagnóstico do câncer de intestino é realizado por meio de exames clínicos, como análise de sangue oculto nas fezes, colonoscopia com biópsia e exames de imagem, como tomografia computadorizada. Em alguns casos, o médico pode pedir ajustes na dieta e no estilo de vida para descartar causas menos graves, como intolerâncias alimentares ou síndrome do intestino irritável. A colonoscopia é uma ferramenta importante na prevenção do câncer de intestino, sendo recomendada a partir dos 45 anos para a população em geral e a partir dos 40 anos para aqueles com histórico familiar de câncer intestinal. Tipos de câncer de intestino O câncer de intestino pode ser classificado de acordo com sua origem. Os principais tipos incluem: Adenocarcinoma : O mais comum, originado das células de revestimento do intestino que produzem muco. Tumor carcinoide : Origina-se nas células produtoras de hormônios, podendo se desenvolver lentamente. Tumor estromal gastrointestinal (GIST) : Originado nas células intersticiais que revestem a parede intestinal, mais raro no cólon. Tumor de células escamosas : Menos comum, afeta as células escamosas do revestimento intestinal, principalmente no cólon retossigmóide. Linfoma : Tumor que afeta os linfonodos intestinais, podendo atingir o intestino delgado, cólon ou reto. Sarcoma ou leiomiossarcoma : Afeta vasos sanguíneos, músculos ou as paredes intestinais, podendo ocorrer no reto, cólon e intestino delgado. Esses tumores podem afetar principalmente o cólon e o reto, formando o câncer colorretal. O câncer no intestino delgado, mais raro, pode surgir em qualquer parte do intestino, como o duodeno, jejuno ou íleo. Além disso, o câncer intestinal pode ser resultado de metástase, ou seja, disseminação de cânceres originados em outros órgãos, como o melanoma. Possíveis causas Embora a causa exata do câncer de intestino não seja completamente clara, sabe-se que ele ocorre devido a mutações nas células intestinais, que se multiplicam descontroladamente. Alguns fatores de risco conhecidos incluem: Idade avançada, com maior incidência após os 45 anos Histórico pessoal de câncer de intestino ou pólipos intestinais Histórico familiar de câncer no intestino, síndrome de Lynch ou polipose adenomatosa familiar (PAF) Doenças inflamatórias intestinais, como retocolite ulcerativa e doença de Crohn Alimentação rica em gordura, carne vermelha, alimentos processados e pobre em fibras Além disso, pessoas com sobrepeso, sedentarismo e hábitos alimentares inadequados têm um risco maior de desenvolver câncer intestinal. Tratamento do câncer de intestino O tratamento para o câncer de intestino é personalizado de acordo com o tipo de tumor, estágio da doença e características individuais do paciente. Em geral, a abordagem envolve a remoção cirúrgica do segmento intestinal afetado, com margens de tecido saudável ao redor do tumor. Após a cirurgia, pode ser recomendada quimioterapia e/ou radioterapia para garantir a eliminação das células malignas remanescentes. Em alguns casos, a quimioterapia ou radioterapia pode ser realizada antes da cirurgia, com o objetivo de reduzir o tamanho do tumor, facilitando a remoção. É fundamental que o tratamento seja realizado sob a supervisão de um gastroenterologista ou proctologista, que irá ajustar a abordagem terapêutica conforme as necessidades do paciente. Caso queira saber mais sobre como adquirir hábitos saudáveis é importante para o tratamento de câncer, agende uma consulta com o Dr. Hugo Hammoud . Whatsapp: (12) 99711-2332.
17 de março de 2025
O tratamento do câncer envolve uma série de abordagens, incluindo cirurgia, quimioterapia, radioterapia e, em alguns casos, imunoterapia. Embora esses tratamentos sejam fundamentais no combate à doença, a nutrição adequada desempenha um papel essencial em apoiar o corpo durante o tratamento e promover a recuperação. Muitos pacientes com câncer enfrentam desafios alimentares durante sua jornada, como perda de apetite, náuseas e alterações no paladar, que podem dificultar a ingestão adequada de alimentos. Por isso, a nut rição oncológica se torna uma aliada crucial na melhora da qualidade de vida, na manutenção da saúde e na otimização dos resultados do tratamento. Neste blog, vamos explorar a importância da nutrição para o tratamento do câncer, como uma alimentação adequada pode ajudar a melhorar a resposta ao tratamento e os cuidados alimentares que podem ser tomados para promover o bem-estar do paciente oncológico. Por que a nutrição é essencial no tratamento do câncer? A nutrição no tratamento do câncer não se limita apenas à ingestão de alimentos. Ela envolve uma série de estratégias para garantir que o paciente esteja recebendo os nutrientes necessários para manter a saúde e o bem-estar durante todo o processo terapêutico. As razões pelas quais a nutrição desempenha um papel tão importante incluem: Apoio ao Sistema Imunológico : O tratamento contra o câncer, especialmente a quimioterapia e a radioterapia, pode enfraquecer o sistema imunológico, tornando o corpo mais suscetível a infecções. Uma alimentação rica em nutrientes essenciais, como vitaminas, minerais e antioxidantes, pode ajudar a fortalecer o sistema imunológico, melhorando a resposta do organismo contra a doença e os efeitos adversos do tratamento. Manutenção do Peso Corporal : A perda de peso e de massa muscular é uma preocupação comum em pacientes oncológicos. Ela pode ocorrer devido ao apetite reduzido, à dificuldade de digestão ou ao aumento do metabolismo causado pelos tratamentos. Uma dieta adequada ajuda a combater a perda de peso e a manter a energia e a força do paciente, o que é crucial para a recuperação e o bem-estar geral. Prevenção da Desnutrição : A desnutrição é uma complicação frequente em pacientes com câncer e pode piorar a qualidade de vida e a resposta ao tratamento. A nutrição oncológica ajuda a prevenir e corrigir a desnutrição, fornecendo ao corpo os nutrientes necessários para sustentar as funções vitais e melhorar a capacidade do paciente de enfrentar os efeitos do tratamento. Redução dos Efeitos Colaterais do Tratamento : O tratamento do câncer pode causar uma série de efeitos colaterais, como náuseas, vômitos, alteração no paladar, boca seca e dificuldade para engolir. Uma alimentação adaptada pode minimizar esses efeitos, tornando o processo mais tolerável. Alimentos leves, de fácil digestão e com texturas agradáveis podem ajudar a melhorar o apetite e a digestão durante o tratamento. Melhora da Qualidade de Vida : Além de fornecer os nutrientes necessários, uma dieta saudável pode ajudar a aumentar a energia, reduzir a fadiga e melhorar o bem-estar geral. Isso contribui para que o paciente se sinta mais disposto e otimista durante o tratamento. Nutrientes fundamentais no tratamento oncológico Uma nutrição adequada durante o tratamento do câncer não significa seguir uma dieta restritiva ou específica para a doença, mas sim focar na ingestão equilibrada de alimentos que favoreçam a recuperação e a manutenção da saúde. Entre os nutrientes mais importantes, estão: Proteínas : As proteínas são essenciais para a regeneração e manutenção dos tecidos do corpo, além de desempenharem um papel vital na função imunológica. Durante o tratamento do câncer, as necessidades de proteína aumentam, pois o corpo está mais suscetível ao desgaste muscular e à recuperação dos danos causados pelo tratamento. Fontes de proteína de alta qualidade incluem carnes magras, peixes, ovos, leguminosas e produtos lácteos. Carboidratos : Os carboidratos são a principal fonte de energia para o corpo. Durante o tratamento do câncer, é importante garantir que o paciente consuma carboidratos complexos, como arroz integral, pães e cereais integrais, batatas e vegetais. Esses alimentos fornecem energia de forma gradual, evitando picos de glicose no sangue. Gorduras Saudáveis : As gorduras saudáveis ajudam a manter a função celular e a absorção de vitaminas lipossolúveis (A, D, E e K). Além disso, as gorduras ajudam a fornecer calorias extras, o que pode ser útil em pacientes que estão perdendo peso. Boas fontes de gorduras saudáveis incluem abacates, azeite de oliva, nozes, sementes e peixes oleosos. Vitaminas e Minerais : Vitaminas como a vitamina C e as do complexo B, além de minerais como ferro, cálcio e zinco, são vitais para a saúde geral e a recuperação do paciente. Alimentos ricos em vitaminas e minerais devem ser incluídos na dieta, como frutas, vegetais, grãos integrais e laticínios. Água e Hidratação : A hidratação adequada é crucial para pacientes oncológicos, já que muitos tratamentos podem causar desidratação devido a náuseas, vômitos e aumento da frequência urinária. A ingestão adequada de líquidos ajuda a manter o corpo funcionando corretamente e previne a desidratação, além de contribuir para o controle da fadiga e a redução de toxinas. Estratégias nutricionais durante o tratamento do câncer A abordagem nutricional no tratamento do câncer deve ser personalizada, levando em consideração o tipo de câncer, o estágio da doença, os tratamentos realizados e os efeitos colaterais experimentados pelo paciente. Algumas estratégias podem ser adotadas para melhorar a ingestão de alimentos e reduzir os desconfortos causados pelo tratamento: Refeições Menores e Mais Frequentes : Durante o tratamento, o paciente pode ter dificuldades em consumir grandes quantidades de alimentos devido à náusea ou falta de apetite. Por isso, é recomendado fazer refeições menores e mais frequentes, para garantir que o paciente obtenha a nutrição necessária. Alimentos Suaves e de Fácil Digestão : Para pacientes que enfrentam dificuldades para engolir ou que têm problemas digestivos, a ingestão de alimentos mais suaves e de fácil digestão, como sopas, purês e alimentos cozidos, pode ser uma solução. Ajuste de Temperatura e Textura : Alguns pacientes preferem alimentos mais frios ou mornos para aliviar a boca irritada e reduzir o desconforto. Além disso, a escolha de alimentos com texturas mais suaves pode facilitar a ingestão. Suplementos Nutricionais : Em casos em que o paciente não consegue obter todos os nutrientes necessários apenas com alimentos, o uso de suplementos nutricionais pode ser recomendado. Esses suplementos podem ajudar a fornecer as calorias e nutrientes extras necessários para sustentar o corpo. A nutrição desempenha um papel fundamental no tratamento do câncer, ajudando a manter o corpo forte, melhorar a tolerância aos tratamentos e promover a recuperação. Ao adotar uma alimentação equilibrada e adequada, os pacientes podem melhorar sua qualidade de vida, reduzir os efeitos colaterais do tratamento e fortalecer o sistema imunológico. O acompanhamento nutricional durante o tratamento oncológico é essencial para garantir que o paciente receba os nutrientes necessários para sustentar sua saúde e alcançar uma recuperação mais eficaz.  Portanto, trabalhar em conjunto com uma equipe de profissionais de saúde, incluindo nutricionistas, pode fazer toda a diferença no sucesso do tratamento e na qualidade de vida do paciente com câncer. Caso queira saber mais sobre como adquirir hábitos saudáveis é importante para o tratamento de câncer, agende uma consulta com o Dr. Hugo Hammoud . Whatsapp: (12) 99711-2332.
17 de março de 2025
A luta contra o câncer pode ser um dos maiores desafios que um paciente pode enfrentar. Em muitos casos, a cirurgia é indicada como parte do tratamento para remover o tumor e aumentar as chances de cura. Com o avanço da tecnologia, novos métodos têm sido desenvolvidos para tornar esses procedimentos mais precisos e menos invasivos. Um desses métodos é a cirurgia robótica , que tem se mostrado uma grande aliada na oncologia, proporcionando benefícios tanto para os pacientes quanto para os profissionais de saúde. Neste artigo, vamos explorar como a cirurgia robótica funciona, suas principais vantagens e os tipos de câncer que podem ser tratados com essa tecnologia. Se você está buscando mais informações sobre essa abordagem inovadora, continue a leitura! O Que é a cirurgia robótica oncológica? A cirurgia robótica oncológica é uma técnica minimamente invasiva que utiliza robôs para ajudar na remoção de tumores. Os robôs de última geração possuem precisão milimétrica, o que torna possível acessar áreas do corpo que seriam difíceis de tratar com métodos convencionais. Em muitos casos, esses tumores estão localizados em regiões de difícil acesso, como a cabeça, pescoço, pulmões e órgãos internos. Os robôs utilizados na cirurgia robótica possuem braços articulados que operam com pinças e instrumentos minúsculos. Essas ferramentas são inseridas no corpo por pequenas incisões, com um tamanho que raramente ultrapassa 1,5 cm. O cirurgião, por sua vez, controla o robô através de uma interface que lhe permite visualizar as imagens do paciente em 3D e executar os movimentos com extrema precisão. A combinação de visão aprimorada e movimentos articulares permite ao médico realizar procedimentos complexos com maior controle e eficácia. Como a cirurgia robótica funciona? Durante uma cirurgia robótica oncológica, o paciente é colocado sob anestesia geral, e pequenas incisões são feitas para inserir os instrumentos cirúrgicos robóticos. O robô é operado por um cirurgião treinado, que fica em uma estação de controle e observa imagens em alta definição, capturadas por câmeras acopladas ao equipamento. A cirurgia é feita com alta precisão, permitindo ao médico manipular o tumor com extrema destreza. O robô filtra os tremores e movimentos involuntários das mãos, o que torna o procedimento ainda mais seguro e eficaz. Essa precisão reduz significativamente o risco de danificar tecidos saudáveis, como nervos, vasos sanguíneos e órgãos vitais, resultando em menos complicações e melhores resultados estéticos para o paciente. Vantagens da cirurgia robótica oncológica A utilização de cirurgia robótica em oncol ogia oferece uma série de vantagens, tanto para os pacientes quanto para os profissionais envolvidos. Veja os principais benefícios dessa tecnologia: Menos invasividade : Como o procedimento é minimamente invasivo, as incisões são menores, o que resulta em menos dor e sangramentos durante e após a cirurgia. Recuperação mais rápida : Devido ao menor impacto nos tecidos, o paciente tende a se recuperar mais rapidamente, com menos necessidade de medicamentos analgésicos. Isso também reduz o tempo de internação e os custos hospitalares. Menos complicações pós-cirúrgicas : A precisão da cirurgia robótica diminui a chance de complicações, como infecções, hemorragias e lesões acidentais em tecidos saudáveis. Menor risco de sequelas : Pacientes que se submetem à cirurgia robótica apresentam menor risco de sequelas, como incontinência urinária (em casos de câncer de próstata) ou problemas de fertilidade (em tratamentos de câncer uterino ou ovariano). Resultados estéticos melhores : Como as incisões são menores, os resultados estéticos são mais favoráveis, reduzindo a necessidade de cirurgias reparadoras posteriores. Aumento na precisão e taxa de sucesso : O robô pode alcançar áreas de difícil acesso com maior facilidade e precisão, o que aumenta as chances de uma remoção completa do tumor. Quais casos oncológicos podem ser tratados com cirurgia robótica? A cirurgia robótica pode ser indicada para uma variedade de tipos de câncer, especi almente quando o tumor está localizado em áreas difíceis de acessar ou de operar com técnicas tradicionais. Os tipos de câncer que podem se beneficiar dessa tecnologia incluem: Câncer de cabeça e pescoço , como na cavidade oral, faringe e laringe. Câncer pulmonar e mediastino (área entre os pulmões). Câncer esofágico e gástrico . Câncer de fígado, pâncreas e intestinos . Câncer ginecológico , como tumores nos ovários e útero. Câncer da próstata e bexiga . Em casos menos complexos, a cirurgia convencional ainda pode ser uma opção preferível. No entanto, a cirurgia robótica tem se destacado principalmente em procedimentos mais desafiadores, onde a precisão e a visão aprimorada fazem toda a diferença. Benefícios para os pacientes oncológicos Para os pacientes com câncer, a cirurgia robótica traz benefícios significativos, principalmente relacionados ao tempo de recuperação. Como o procedimento é menos invasivo, o p aciente tende a ter um tempo de internação reduzido, o que é fundamental para quem vai iniciar outros tratamentos, como quimioterapia ou radioterapia, logo após a cirurgia. Além disso, a cirurgia robótica pode ajudar a preservar funções importantes do corpo, como a fertilidade em mulheres e a função urinária em homens, ao minimizar o impacto em órgãos vitais durante a remoção do tumor. Outros benefícios incluem: Menos dor e menor necessidade de medicação pós-cirúrgica. Menor tempo de recuperação e retorno mais rápido às atividades cotidianas. Redução de custos hospitalares devido à diminuição do tempo de internação. Enfim a cirurgia robótica em oncologia representa um avanço significativo no tratamento do câncer, proporcionando aos pacientes uma opção mais segura e eficaz, com menos riscos e uma recuperação mais rápida. Embora ainda haja desafios, como a disponibilidade de equipamentos e a capacitação de profissionais, a expectativa é que o uso dessa tecnologia aumente nos próximos anos, oferecendo ainda mais benefícios aos pacientes oncológicos.  Se você ou alguém que você conhece está passando por um tratamento oncológico, vale a pena conversar com seu médico sobre as opções de cirurgia robótica disponíveis para o seu caso. A medicina está evoluindo, e a cirurgia robótica é um exemplo claro de como a tecnologia pode transformar a vida dos pacientes. Caso queira saber mais sobre como adquirir hábitos saudáveis é importante para o tratamento de câncer, agende uma consulta com o Dr. Hugo Hammoud . Whatsapp: (12) 99711-2332.
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