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Câncer e saúde mental: Como lidar com o diagnóstico?

23 de janeiro de 2025

Receber o diagnóstico de câncer é um dos momentos mais desafiadores que uma pessoa pode enfrentar. Além do impacto físico, a notícia pode desencadear uma série de emoções intensas, como medo, tristeza, estresse, ansiedade e, em alguns casos, depressão.


Entender os impactos emocionais desse diagnóstico e buscar formas de enfrentá-lo é essencial para que o paciente mantenha sua qualidade de vida durante o tratamento.



Os impactos emocionais do diagnóstico


O diagnóstico de câncer provoca um impacto emocional profundo, pois afeta diversas dimensões da vida. Embora cada pessoa reaja de forma única, é comum que o paciente enfrente mudanças físicas, perda de autonomia e outros desafios complexos, que intensificam o abalo emocional.


Um combo de emoções se instala, como negação, raiva, angústia, medo, insegurança, resignação e até, a baixa autoestima. Esses sentimentos frequentemente vêm acompanhados de pensamentos negativos, afetando tanto a qualidade de vida quanto a resposta aos tratamentos.


  • Choque e negação: É comum não acreditar ou ter dificuldades em aceitar a notícia inicialmente.
  • Medo e incerteza: O desconhecimento sobre o futuro e as possibilidades de tratamento podem gerar medo.
  • Tristeza e luto: Muitas pessoas vivem o luto pela perda de uma vida sem a presença da doença.
  • Ansiedade: Preocupações com o impacto na vida familiar, financeira e profissional podem aumentar a ansiedade.
  • Raiva: Sentimentos de injustiça ou frustração também podem surgir.


Por que o apoio psicológico é tão importante durante o tratamento oncológico?


O apoio psicológico ao paciente com câncer é essencial, pois oferece acolhimento e escuta qualificada. Esse suporte ajuda na construção de um estado mental mais positivo, fundamental para a aceitação da doença, a adesão ao tratamento e uma recuperação mais eficaz.


Existem diferentes estratégias para lidar com os impactos da doença. Participar de grupos de apoio, praticar técnicas de manejo do estresse e buscar acompanhamento psicológico são formas eficazes de enfrentamento. Durante as sessões de terapia, os pacientes podem aprender que:


  • É importante focar em um passo de cada vez, sem se preocupar antecipadamente com possibilidades futuras;
  • Estatísticas não devem ser uma preocupação central, pois o prognóstico é sempre individual;
  • Comemorar pequenas vitórias ao longo do tratamento é extremamente válido;
  • Manter hobbies ou encontrar novas formas de relaxar pode ser benéfico;
  • Passar tempo com pessoas que trazem bem-estar, evitando o isolamento, é essencial;
  • Ter um discurso preparado para responder a curiosidades indesejadas pode ajudar a lidar com situações sociais.


Além disso, o suporte psicológico é igualmente importante para os familiares e cuidadores do paciente, que muitas vezes enfrentam desafios emocionais próprios ao lidar com o sofrimento de um ente querido. Esse acompanhamento pode ajudá-los a encontrar formas saudáveis de gerenciar suas emoções e oferecer suporte efetivo ao paciente.


Estratégias para lidar com o diagnóstico


Embora o diagnóstico seja uma situação difícil, algumas estratégias podem ajudar a enfrentar esse momento de maneira mais positiva:


1. Busque informação confiável

Entender mais sobre o tipo de câncer, opções de tratamento e prognóstico pode ajudar a reduzir o medo do desconhecido. Consulte sempre fontes confiáveis e converse com sua equipe médica.


2. Conecte-se com outras pessoas

Grupos de apoio ou conversar com pessoas que passaram por experiências semelhantes pode ser reconfortante. Esses grupos oferecem uma rede de solidariedade e compreensão.


3. Pratique o autocuidado

Manter uma rotina que inclua momentos de relaxamento, como meditação, leitura ou hobbies, é importante para preservar a saúde mental.


4. Permita-se sentir

É normal ter dias bons e ruins. Não se julgue por sentir tristeza ou medo. Permitir-se vivenciar essas emoções é parte do processo.


5. Busque ajuda profissional

Psicólogos e psiquiatras especializados em oncologia podem oferecer apoio para lidar com os desafios emocionais. Terapias como a cognitivo-comportamental ajudam a gerenciar pensamentos negativos.


6. Envolva familiares e amigos

Ter uma rede de apoio emocional é essencial. Compartilhe seus sentimentos e permita que as pessoas próximas ajudem quando necessário.


A importância do apoio psicológico

O apoio psicológico é uma parte fundamental do cuidado com o paciente oncológico. Ele não apenas auxilia na gestão do estresse e das emoções, mas também pode melhorar a adesão ao tratamento e a qualidade de vida.


Terapeutas especializados ajudam o paciente a desenvolver habilidades de enfrentamento, lidar com as mudanças de rotina e criar um plano para manter a esperança e o foco durante o processo.


Lidar com o diagnóstico de câncer é uma experiência desafiadora, mas o suporte emocional adequado pode fazer toda a diferença. Ao adotar estratégias saudáveis de enfrentamento e buscar apoio profissional, é possível atravessar essa jornada com mais resiliência e bem-estar.


Lembre-se: você não está sozinho, e há recursos e pessoas dispostas a ajudar em cada passo desse caminho.


Para saber mais  sobre diagnóstico de câncer e saúde mental, agende uma consulta com o Dr. Hugo Hammoud. 


WhatsApp: (12) 99711-2332

LEIA NOSSOS ARTIGOS

Por Hugo Hammoud 8 de outubro de 2025
O câncer de pele é um dos tipos mais comuns de câncer, sendo causado principalmente pela exposição excessiva à radiação ultravioleta (UV) do sol. Seu tratamento varia de acordo com o tipo, estágio e localização da lesão. Entre as opções disponíveis, o tratamento cirúrgico é, de fato, o mais utilizado, mas não é a única abordagem. Carcinoma basocelular: O tipo mais comum O câncer de pele do tipo carcinoma basocelular é um dos mais frequentes no Brasil devido a dois fatores principais: a localização geográfica do país, que favorece a alta incidência de radiação ultravioleta, e a cultura de praia, que incentiva atividades ao ar livre. Além disso, muitos adultos entre 40 e 50 anos hoje fazem parte de uma geração que, na infância, foi amplamente exposta ao sol sem proteção adequada. O problema é que, a longo prazo, essa exposição excessiva à radiação UV causa mutações no DNA das células da pele, elevando o risco de desenvolvimento do câncer. Por ser um tumor composto por células basais, localizadas na camada mais profunda da epiderme, esse tipo de câncer cresce de maneira lenta. Suas lesões podem se parecer com verrugas, sangrar devido a pequenos traumas do dia a dia e, por isso, exigem avaliação médica. As regiões mais afetadas são a cabeça e o pescoço. Cirurgia: O padrão ouro no tratamento A cirurgia é o tratamento primário para a maioria dos casos de câncer de pele, especialmente para os tipos mais comuns, como o carcinoma basocelular e o carcinoma espinocelular. O objetivo é remover completamente a lesão maligna, garantindo margens de segurança para reduzir o risco de recorrência. Alguns dos procedimentos cirúrgicos incluem: Excisão cirúrgica : remoção do tumor com uma margem de pele sadia ao redor. Cirurgia de Mohs : técnica que permite a remoção precisa do câncer, preservando ao máximo os tecidos saudáveis. Curetagem e eletrodissecação : usada para pequenos tumores superficiais, onde o tecido canceroso é raspado e tratado com corrente elétrica. Alternativas não cirúrgicas Embora a cirurgia seja a opção mais comum, outros tratamentos podem ser indicados, especialmente em casos onde a cirurgia não é viável: Radioterapia : utilizada para pacientes que não podem se submeter à cirurgia ou para tumores localizados em regiões delicadas. Terapia fotodinâmica : utiliza um agente fotossensibilizante e luz para destruir células cancerosas. Crioterapia : congela o tecido tumoral com nitrogênio líquido, indicado para lesões superficiais. Imunoterapia e Terapias Alvo : usadas para casos avançados de melanoma, estimulam o sistema imunológico ou bloqueiam vias específicas que favorecem o crescimento tumoral. Quimioterapia tópica : indicada para casos superficiais, com medicamentos como 5-fluorouracil (5-FU) e imiquimod. Prevenção do câncer de pele Para reduzir o risco de câncer de pele, é essencial evitar a exposição solar entre 10h e 16h, período em que a radiação ultravioleta é mais intensa. O uso de chapéus e óculos escuros pode auxiliar na proteção, mas a aplicação de filtro solar em quantidade adequada é a forma mais eficaz de prevenção. Uma recomendação útil é a regra da colher de chá: aplique uma colher do protetor na região do rosto, pescoço e colo e duas colheres nos braços, pernas e costas. O produto deve ser aplicado cerca de 30 minutos antes da exposição ao sol para melhor absorção e reaplicado a cada duas ou três horas, ou sempre após contato com água ou suor. O tratamento do câncer de pele é predominantemente cirúrgico, pois essa abordagem permite a remoção eficaz da lesão com menor risco de recorrência. No entanto, alternativas como radioterapia, terapia fotodinâmica e imunoterapia estão disponíveis para casos específicos. O diagnóstico precoce é essencial para garantir um tratamento eficaz e menos invasivo, reforçando a importância da prevenção e do acompanhamento dermatológico regular. Caso queira saber mais sobre como adquirir hábitos saudáveis é importante para o tratamento de câncer, agende uma consulta com o Dr. Hugo Hammoud . Whatsapp: (12) 99711-2332.
20 de março de 2025
O câncer de pele é um dos tipos mais comuns de câncer, sendo causado principalmente pela exposição excessiva à radiação ultravioleta (UV) do sol. Seu tratamento varia de acordo com o tipo, estágio e localização da lesão. Entre as opções disponíveis, o tratamento cirúrgico é, de fato, o mais utilizado, mas não é a única abordagem. Carcinoma basocelular: O tipo mais comum O câncer de pele do tipo carcinoma basocelular é um dos mais frequentes no Brasil devido a dois fatores principais: a localização geográfica do país, que favorece a alta incidência de radiação ultravioleta, e a cultura de praia, que incentiva atividades ao ar livre. Além disso, muitos adultos entre 40 e 50 anos hoje fazem parte de uma geração que, na infância, foi amplamente exposta ao sol sem proteção adequada. O problema é que, a longo prazo, essa exposição excessiva à radiação UV causa mutações no DNA das células da pele, elevando o risco de desenvolvimento do câncer. Por ser um tumor composto por células basais, localizadas na camada mais profunda da epiderme, esse tipo de câncer cresce de maneira lenta. Suas lesões podem se parecer com verrugas, sangrar devido a pequenos traumas do dia a dia e, por isso, exigem avaliação médica. As regiões mais afetadas são a cabeça e o pescoço. Cirurgia: O padrão ouro no tratamento A cirurgia é o tratamento primário para a maioria dos casos de câncer de pele, especialmente para os tipos mais comuns, como o carcinoma basocelular e o carcinoma espinocelular. O objetivo é remover completamente a lesão maligna, garantindo margens de segurança para reduzir o risco de recorrência. Alguns dos procedimentos cirúrgicos incluem: Excisão cirúrgica : remoção do tumor com uma margem de pele sadia ao redor. Cirurgia de Mohs : técnica que permite a remoção precisa do câncer, preservando ao máximo os tecidos saudáveis. Curetagem e eletrodissecação : usada para pequenos tumores superficiais, onde o tecido canceroso é raspado e tratado com corrente elétrica. Alternativas não cirúrgicas Embora a cirurgia seja a opção mais comum, outros tratamentos podem ser indicados, especialmente em casos onde a cirurgia não é viável: Radioterapia : utilizada para pacientes que não podem se submeter à cirurgia ou para tumores localizados em regiões delicadas. Terapia fotodinâmica : utiliza um agente fotossensibilizante e luz para destruir células cancerosas. Crioterapia : congela o tecido tumoral com nitrogênio líquido, indicado para lesões superficiais. Imunoterapia e Terapias Alvo : usadas para casos avançados de melanoma, estimulam o sistema imunológico ou bloqueiam vias específicas que favorecem o crescimento tumoral. Quimioterapia tópica : indicada para casos superficiais, com medicamentos como 5-fluorouracil (5-FU) e imiquimod. Prevenção do câncer de pele Para reduzir o risco de câncer de pele, é essencial evitar a exposição solar entre 10h e 16h, período em que a radiação ultravioleta é mais intensa. O uso de chapéus e óculos escuros pode auxiliar na proteção, mas a aplicação de filtro solar em quantidade adequada é a forma mais eficaz de prevenção. Uma recomendação útil é a regra da colher de chá: aplique uma colher do protetor na região do rosto, pescoço e colo e duas colheres nos braços, pernas e costas. O produto deve ser aplicado cerca de 30 minutos antes da exposição ao sol para melhor absorção e reaplicado a cada duas ou três horas, ou sempre após contato com água ou suor. O tratamento do câncer de pele é predominantemente cirúrgico, pois essa abordagem permite a remoção eficaz da lesão com menor risco de recorrência. No entanto, alternativas como radioterapia, terapia fotodinâmica e imunoterapia estão disponíveis para casos específicos. O diagnóstico precoce é essencial para garantir um tratamento eficaz e menos invasivo, reforçando a importância da prevenção e do acompanhamento dermatológico regular. Caso queira saber mais sobre como adquirir hábitos saudáveis é importante para o tratamento de câncer, agende uma consulta com o Dr. Hugo Hammoud . Whatsapp: (12) 99711-2332.
17 de março de 2025
O câncer no intestino é um tumor maligno que se desenvolve, principalmente, no intestino grosso, incluindo o cólon, reto e ânus. Esse tipo de câncer pode gerar sintomas como diarreia frequente, presença de sangue nas fezes (resultando em anemia) e dor abdominal. Embora menos comum, também pode ocorrer no intestino delgado. A incidência do câncer de intestino é maior em pessoas com mais de 45 anos e pode ter início a partir da evolução de pólipos intestinais. Os pólipos são agrupamentos de células na parede intestinal que, se não removidos, podem se transformar em lesões malignas. Portanto, ao perceber sintomas sugestivos do câncer de intestino, é fundamental procurar um proctologista ou gastroenterologista. Esse profissional realizará exames, como a colonoscopia, para identificar o tipo de tumor e iniciar o tratamento adequado. Sintomas mais comuns de câncer no intestino Sangue nas fezes Dor abdominal Diarreia ou prisão de ventre Sensação de peso ou dor na região anal Cansaço frequente Anemia Perda de peso sem explicação Esses sintomas tendem a se intensificar à medida que o câncer se desenvolve, sendo mais comuns em pessoas com histórico familiar de câncer intestinal ou doenças inflamatórias intestinais crônicas, como a doença de Crohn ou a retocolite ulcerativa. Por isso, é importante buscar orientação médica quando os sintomas persistem por mais de um mês, principalmente se houver histórico de câncer na família ou fatores de risco, como alimentação inadequada e obesidade. Como confirmar o diagnóstico O diagnóstico do câncer de intestino é realizado por meio de exames clínicos, como análise de sangue oculto nas fezes, colonoscopia com biópsia e exames de imagem, como tomografia computadorizada. Em alguns casos, o médico pode pedir ajustes na dieta e no estilo de vida para descartar causas menos graves, como intolerâncias alimentares ou síndrome do intestino irritável. A colonoscopia é uma ferramenta importante na prevenção do câncer de intestino, sendo recomendada a partir dos 45 anos para a população em geral e a partir dos 40 anos para aqueles com histórico familiar de câncer intestinal. Tipos de câncer de intestino O câncer de intestino pode ser classificado de acordo com sua origem. Os principais tipos incluem: Adenocarcinoma : O mais comum, originado das células de revestimento do intestino que produzem muco. Tumor carcinoide : Origina-se nas células produtoras de hormônios, podendo se desenvolver lentamente. Tumor estromal gastrointestinal (GIST) : Originado nas células intersticiais que revestem a parede intestinal, mais raro no cólon. Tumor de células escamosas : Menos comum, afeta as células escamosas do revestimento intestinal, principalmente no cólon retossigmóide. Linfoma : Tumor que afeta os linfonodos intestinais, podendo atingir o intestino delgado, cólon ou reto. Sarcoma ou leiomiossarcoma : Afeta vasos sanguíneos, músculos ou as paredes intestinais, podendo ocorrer no reto, cólon e intestino delgado. Esses tumores podem afetar principalmente o cólon e o reto, formando o câncer colorretal. O câncer no intestino delgado, mais raro, pode surgir em qualquer parte do intestino, como o duodeno, jejuno ou íleo. Além disso, o câncer intestinal pode ser resultado de metástase, ou seja, disseminação de cânceres originados em outros órgãos, como o melanoma. Possíveis causas Embora a causa exata do câncer de intestino não seja completamente clara, sabe-se que ele ocorre devido a mutações nas células intestinais, que se multiplicam descontroladamente. Alguns fatores de risco conhecidos incluem: Idade avançada, com maior incidência após os 45 anos Histórico pessoal de câncer de intestino ou pólipos intestinais Histórico familiar de câncer no intestino, síndrome de Lynch ou polipose adenomatosa familiar (PAF) Doenças inflamatórias intestinais, como retocolite ulcerativa e doença de Crohn Alimentação rica em gordura, carne vermelha, alimentos processados e pobre em fibras Além disso, pessoas com sobrepeso, sedentarismo e hábitos alimentares inadequados têm um risco maior de desenvolver câncer intestinal. Tratamento do câncer de intestino O tratamento para o câncer de intestino é personalizado de acordo com o tipo de tumor, estágio da doença e características individuais do paciente. Em geral, a abordagem envolve a remoção cirúrgica do segmento intestinal afetado, com margens de tecido saudável ao redor do tumor. Após a cirurgia, pode ser recomendada quimioterapia e/ou radioterapia para garantir a eliminação das células malignas remanescentes. Em alguns casos, a quimioterapia ou radioterapia pode ser realizada antes da cirurgia, com o objetivo de reduzir o tamanho do tumor, facilitando a remoção. É fundamental que o tratamento seja realizado sob a supervisão de um gastroenterologista ou proctologista, que irá ajustar a abordagem terapêutica conforme as necessidades do paciente. Caso queira saber mais sobre como adquirir hábitos saudáveis é importante para o tratamento de câncer, agende uma consulta com o Dr. Hugo Hammoud . Whatsapp: (12) 99711-2332.
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